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Do muro à consciência

  • Rafaela Cher e Yuri Souza
  • 16 de jun. de 2016
  • 2 min de leitura

Durante a década de 80 a cultura hip-hop começou a se popularizar no cenário nacional. Diversas ramificações do hip-hop foram exploradas. Rap, break dance, grafitti e pichação. Cada uma dessas categorias foram tomando seus próprios rumos.

Gian Magon, natural de Rolândia, pequena cidade localizada no interior do Paraná, se considera um artista visual. Durante seus 20 anos de vida sempre quis expressar suas opiniões de alguma forma, inclusive seus sentimentos e emoções. Escolheu o grafitti como forma principal de se manifestar. Mas outros meios também foram e continuam sendo utilizados, como ilustração digital e o design gráfico para mídia.

Desde pequeno sempre gostou de desenhar. O grafitti apareceu em sua vida quando conheceu o trabalho de um grupo de grafiteiros londrinenses chamado “Cap Style”. “Me interagi com alguns do membros na intenção de procurar saber como eu começaria, duas pessoas que tive contato me induziram a comprar as tintas e pintar, pois foi assim que começaram e aquele era o melhor jeito: metendo a cara”.

Suas principais artes abordam temas voltados para crítica social, como a desvalorização dos moradores de rua. “Isso é um fator muito importante na nossa sociedade e que, em meu ponto de vista precisar ser expressada de algum modo, e no grafitti consigo traduzir o que estou sentindo”. Suas inspirações não levantam apenas questões sociais. “Para mim, tudo é inspiração, a natureza, as pessoas, a cidade e toda sua diversidade cultural”.

Na região de Londrina o movimento da street art vem crescendo muito, onde há muitos “pintores” de rua demostrando seus talentos a cada muro. Cada um carrega suas características, porém ainda sofrem com o preconceito da população por ser uma arte originada como forma de protesto. Mas Gian não perde a esperança. “Acredito que com o tempo o preconceito acabe, em um futuro não tão distante. O mercado está abrindo portas e rompendo barreiras para esse tipo de manifestação, e isso mantém a arte em crescimento.”

Gian já participou de alguns eventos de arte urbana, como o Street of styles, em Apucarana – PR, e o Rapa Tinta, em Cascavel – PR. A pintura livre em lugares urbanos abandonados também fazem parte da coleção de graffiti que Magon leva consigo, como uma ação em um barracão de sua cidade. ‘’O lugar estava praticamente em decomposição por fora, mas quando entramos, estava lindo, as paredes empoeiradas, mas nada que impedisse a pintura, sem comentar o tamanho’’. O artista destaca outros trabalhos: uma área de recreação infantil, um estudo de design em Londrina e principalmente 15 salas do novo Hospital Infantil de Londrina, quando foi contrato para pintar. ‘’Poderia falar de todos os lugares, cada um foi uma experiência diferente, por estar na rua, e em locais diferentes, sempre há a adrenalina, e a experiência de vida só aumenta’’.


 
 
 

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